Você possui um moderno transceptor e pretende utilizá-lo em conjunto com um linear valvulado, daqueles fabricados há 20 ou mais anos atrás ? Não tenha dúvida... utilize um Relay Box e proteja seu equipamento contra queima devido excesso de corrente requerida para o acionamento do relé desses equipamentos.
O uso de Relay Box é extremamente aconselhável quando seus equipamentos não forem "casados" (produzidos pelo mesmo fabricante) e consiste simplesmente em uma interface de acionamento do rele no linear, através de um pequeno circuito que consome baixíssima corrente do equipamento transmissor.
Esquema:
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O esquema ao lado foi utilizado para acionar um linear Heathkit SB220 através de um Yaesu FT-897.
Para monitoramento visual, foi inserido um led no circuito. Foram utilizados transístores BC558 e relé 12V miniatura.
Posteriormente foi inserido uma chave on/off em série no cabo de ligação ao linear para operar como "stand by" (desacoplar o linear sem desligá-lo).
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(*) O resistor de 56K é o valor recomendado para uso de transístor (**) de ganho acima de 200 (BC558 C ou BC558 B). Para uso de transístor de uso geral com baixo ganho (disponível em sucata), diminua o valor para 10K ou menos caso contrário o relé não será acionado (transístor com 80 de ganho p.ex. é acionado corretamente com resistor de 5K6 ohms na base dos transístores).
O conector de ligação ao FT-897 é do tipo minidim de 8 pinos. Para ligação ao SB220 é utilizado conector RCA. Verifique nos manuais de seus equipamentos as pinagens e conectores correspondentes.
Pelo conector de entrada do equipamento são obtidos os sinais TX-GND (quando o FT-897 comuta para TX esse pino é aterrado - vai à massa), a alimentação de 13,8V e a massa (GND).
Quando a entrada TX-GND vai à massa, ambos os transístores passam a conduzir. O primeiro BC558 tem função de driver para acendimento do LED e o segundo, para acionamento do relé.
O diodo 1N4001 é utilizado para proteção contra tensão reversa gerada quando do desligamento do relé.
O conjunto todo é montado em uma pequena caixa plástica e a placa de circuito impressa foi produzida de acordo com suas dimensões.
Importante ! Ao efetuar a soldagem dos pinos do conector que vai ao rádio (no caso do FT-897, um minidim de 8 pinos), esteja certo de não fechar curto do pino TX-GND com qualquer outro pino. Após conferidas as soldas e isolação, preenchí internamente o conector com cola quente de silicone para isolar definitivamente as conexões (é aconselhável adquirir um cabo comercial, de extensão macho/macho do tipo mini-din 8 pinos - vide montagem CAT a seguir).
Placa C.I. |
Interface CAT - Conexão a computador
O mesmo conector mini-din 8 pinos que faz o controle com o relay/box para acionamento do linear, é responsável em fornecer os dados de controle do transmissor ao computador.
Através de um cabo e software apropriado (Logger 32 p.ex) pode-se obter do transmissor os dados de frequência e modo de operação que são automaticamente repassadas ao programa de log. O software irá também atuar no controle do transmissor, fazendo com que frequência e modo sejam comutados num simples clique de mouse p.ex. em uma informação exibida pelo cluster.
O relay box descrito anteriormente foi aproveitado e inserido em uma caixa maior que passou a comportar também o circuito de interface CAT para o FT-897.
O circuito original (FT-817 CAT Interface) foi obtido no endereço http://www.xs4all.nl/~typens/frag/schema1 - FRIESE RADIO AMATEUR GROEP.
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A primeira providência a tomar foi adquirir um cabo extensão macho/macho mini-din 8 pinos, para evitar qualquer problema em relação a soldagem desse tipo de conector. Aqui em Curitiba encontra-se facilmente na Octal (Rua 24 de maio) um cabo com 1,5m de comprimento.
Após cortado ao meio, desenhe o conector e faça a identificação de cada pino com as correspondentes cores de fios.
Ao identificar a pinagem, indique também as funções (TX D, RX D, +13,8V, GND e TX GND) de acordo com a marcação no manual YAESU, lembrando que no manual é mostrada a disposição da pinagem em relação ao conector femea. |
Diagrama de ligações do conector mini-din FEMEA.
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Diagrama do circuito de interface. |
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Circuito montado, com o conector serial DB-9 já conectado.
A caixa irá acomodar também o relay box. Foi incluído uma chave liga/desliga para o cabo de ligação ao linear ("stand by"). |
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Ao fundo observa-se a placa de circuito do relay box. Acima ficará a interface.
Para acomodar ambos os circuitos na caixa de pequenas dimensões foi necessário soldar os capacitores eletrolíticos na posição horizontal além de dobrar o CI regulador paralelo a placa. |
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Aspecto final da montagem interna. |
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A interface pronta e testada.
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Na configuração da porta serial no computador deve-se marcar RTS e DTR sempre ligados pois esses pinos (controle de fluxo) não são utilizados.
Ao lado, exemplo de configuração do RADIO 1 no Logger32.
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Voice Keyer (ou "papagaio eletrônico..."), CW e Modos Digitais
Aqui implementaremos um circuito destinado a conectar a entrada MIC e saída FONE do microcomputador com os pinos de comunicação digital do FT-897. Dessa forma poderemos utilizar software Voice Keyer e comunicação digital.
As ligações MIC/FONE são efetuadas diretamente entre computador e rádio, não necessitando nenhum componente eletrônico adicional além do próprio cabo de conexão.
Já para o controle de acionamento do PTT, para indicar que o sinal enviado pelo computador deve ser tratado como sinal à transmitir (TX), necessitamos utilizar a pinagem de saída do conector DB9 (saída RS232-C tipo COMM) para enviar um sinal de controle correspondente.
A "chave CW" irá requerer um sinal específico que será enviado por um segundo pino do conector DB9.
Utilizaremos a seguinte configuração: |
Pino DB9 |
Função |
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7 - RTS |
Sinal de controle para PTT |
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4 - DTR |
Sinal de controle para CW |
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5 - Ground |
Massa - Comum |
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Interfaces:
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