PY5ZD - Marcelo S Teixeira |
Resistência
Essa definição significa que, quando se aplica uma diferença de potencial (ddp), V, entre os extremos de um resistor, R, uma corrente, i, circulará, de tal modo que a relação acima será satisfeita. Das variações da equação acima podemos deduzir:
As grandezas relacionadas acima são facilmente mensuráveis com um ohmímetro (para medir R), com um voltímetro (para medir V) ou com um amperímetro (para medir I). Resistores Os resistores são componentes que apresentam resistência à passagem da corrente elétrica. Um resistor (chamado de resistência em alguns casos) é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), a partir do material empregado que pode ser por exemplo o carbono. Um resistor ideal é um componente com uma resistência elétrica que permanece constante independentemente da tensão ou corrente elétrica que circular pelo dispositivo. Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Neste caso são chamados de potenciômetros (ou reostatos).O valor nominal é alterado ao girar um eixo ou deslizar uma alavanca. O valor de um resistor de carbono pode ser facilmente determinado de acordo com as cores que apresenta na cápsula que envolve o material resistivo, ou então usando um instrumento denominado ohmímetro.
Potência elétrica A potência (unidade = Watts = W) é a razão entre o trabalho produzido e o tempo gasto. É a grandeza que define a quantidade de energia consumida por unidade de tempo. Para cálculo, determina-se a potência dissipada através da fórmula: P = V . I Exemplo: Para um circuito de 110 Volts que consome a corrente de 4 Ampéres, temos uma potência consumida de 440 Watts. Considerando que R = V / I, podemos calcular a potência dissipada em um circuito resistivo conhecendo-se sua resistência e mais a corrente ou a diferença de potencial aplicada:
Lei de Joule A corrente que atravessa um resistor produz calor. Essa energia térmica dissipada é medida em Joules, sendo determinada pela multiplicação da potência pelo tempo: 1 Watt = 1 Joule por segundo Lei de Kirchhoff
Capacitores A busca por um dispositivo que armazenasse energia levou à descoberta do capacitor. É constituído de placas condutoras paralelas entre sí, porém separadas eletricamente uma das outras através de um dielétrico (material isolante).
Um capacitor é fundamentalmente um armazenador de energia sob a forma de um campo eletrostático. Os capacitores são aplicados em diversas funções em circuitos eletrônicos. Uma das principais é atuar como armazenador de energia em fontes de alimentação, mantendo constante a corrente em um circuito. Já a corrente alternada tem livre passagem pelos capacitores. Uma vez que a polaridade inverte-se na velocidade da frequência correspondente, ora uma placa é positiva, ora negativa, fazendo com que o capacitor fique constantemente em processo de carga e descarga. Observação: Na rede domiciliar temos corrente alternada (110V ou 220V) com frequência de 60Hz. Isso significa que a cada segundo a polaridade do par de condutores é alterada 60 vezes. Capacitores podem ter seus valores identificados também pelo mesmo código de cores dos resistores. Mais comumente os valores são inscritos nos invólucros desses componentes. Capacitores variáveis:
Tempo de Carga e Descarga de um Capacitor Um capacitor só se carrega instantaneamente se não houver nenhuma resistência no circuito de carga. Havendo resistência em série com o capacitor, haverá uma dificuldade da corrente circular e portanto, a carga total do capacitor somente se dará após determinado período de tempo. A fórmula para cálculo da constante de tempo em um circuito composto de resistor e capacitor é: t = R . C Exemplo: Para R = 1.000.000 (1M ohm) e C = 0,000 001 (1μF) temos o tempo de 1 segundo para carga do capacitor. Reatância ou reagência elétrica é a oposição oferecida à passagem de corrente elétrica alternada em um dispositivo indutivo ou capacitivo. Quando o componente é uma capacitância, diz-se que a corrente elétrica encontra uma resistência à sua passagem, denominada de reatância capacitiva. A reatância capacitiva é o tipo de reatância devida à capacitância de um capacitor ou de um circuito elétrico. É medida em OHM e é igual à recíproca do produto de "2 . ¶ . f" ( 2 . 3,14 . frequência) e pela capacitância em farads ou faradays, onde X < 0.
Associação de capacitores
Vimos anteriormente que C = Q / V (capacitância = qtde de carga armazenada / voltagem aplicada) e portanto, teremos para os capacitores C1 e C2 acima, que: A carga Q fornecida pela bateria é distribuída entre os capacitores na proporção de suas capacidades. Assim Q=Q1+Q2, ou então: Q = (C1 . V) + (C2 . V) Portanto, deduzimos que a capacitância equivalente na associação em paralelo é: Ceq = C1 + C2
Indutores Indutores são condutores dispostos em forma de espiral nos quais os campos eletromagnéticos formados geram correntes que tendem a se opor às variações das correntes aplicada nos mesmos. Um indutor é geralmente construído como uma bobina de material condutor, por exemplo, fio de cobre. Um núcleo de material ferromagnético aumenta a indutância concentrando as linhas de força de campo magnético que fluem pelo interior das espiras. A indutância é a grandeza física associada aos indutores, sendo simbolizada pela letra L, medida em henry (H) e representada graficamente por um fio helicoidal. Em outras palavras é um parâmetro dos circuitos lineares que relaciona a tensão induzida por um campo magnético variável à corrente responsável pelo campo. A tensão entre os terminais de um indutor é proporcional à taxa de variação da corrente que o atravessa. Matematicamente temos: u(t) = L . i / t onde u(t) é a tensão instântanea, sua unidade de medida é o volt (V), L é a indutância, sua unidade de medida é o henry (H), i é a corrente, sua unidade de medida é o ampère (A) e t o tempo (s).
Um indutor tende a se opor a variações de corrente. Um indutor ideal não oferece resistência para corrente contínua, exceto quando a corrente é ligada e desligada, caso em que ocorre a variação de intensidade de corrente. Porém, todos os indutores do mundo real são construídos a partir de materiais com resistência elétrica finita (componente resistiva), que se opõe até mesmo à corrente contínua.
Reatância ou reagência elétrica é a oposição oferecida à passagem de corrente elétrica alternada em um dispositivo indutivo ou capacitivo. Quando o componente é uma indutância, diz-se que a corrente elétrica encontra uma resistência à sua passagem, denominada de reatância indutiva. A unidade de medida da reatância é o OHM. Em um circuito submetido a corrente alternada temos sempre uma combinação de resistência pura com reatâncias, o que constitui a componente chamada Impedância (quando o circuito é indutivo, diz-se que ocorre a impedância indutiva).
Associação de indutores Cada indutor de uma configuração em paralelo possui a mesma diferença de potencial (tensão) que os demais. Para encontrar a indutância equivalente total equivalente: A corrente através de indutores em série permanece a mesma, mas a tensão de cada indutor pode ser diferente. A soma das diferenças de potencial é igual à tensão total. Para encontrar a indutância total: Fator QO fator Q ("fator de mérito") de um indutor pode ser encontrado através desta fórmula, onde R é a resistência elétrica interna do indutor:
Indutância mútua Quando a posição indutiva de dois indutores com N1 e N2 espiras e L1 e L2 henry é tal que o fluxo originado num indutor atinge o outro, os dois estão indutivamente associados(acoplamento indutivo), e entre eles existe a indutância mutua (M) medida em henry. Uma das aplicações da indutância mútua é em transformadores. Aplicando-se uma tensão em um dos indutores haverá a indutância mútua e o aparecimento de tensão nos terminasi do segundo indutor. O transformador poderá ser elevador ou baixador de tensão, dependendo da relação de espiras entre ambos os indutores (número maior de espiras do indutor 2, eleva-se a tensão aplicada no indutor 1). A relação de espiras entre ambos os indutores dará a relação de tensão entre eles. |
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